domingo, 30 de maio de 2010

As pinturas rupestres da Fonte Santa

Fonte Santa, Águas Termais e as Figuras Rupestres juntas, Porquê?

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Fonte Santa, porque será que lhe atribuíram esse nome?
Porque é que, naquele sitio se encontra aquela Fonte com aquelas Pias e junto a um conjunto de Figuras Rupestres, que estão a ser estudadas pela FLUP, Faculdade de Letras da Universidade do Porto orientados, esses estudos, por Maria de Jesus Sanches.
Esperemos pelos estudos, relatórios e eventuais conclusões. Pois já foram objecto de estudos, jornadas e talvez mestrados ou doutoramentos.
A Fonte Santa, espera que surja um ou mais mecenas que possam ajudar a estudar e a conservar as Fontes e as Figuras.
As pinturas rupestres da Fonte Santa ou Casal do Mouro, um abrigo rupestre, sobranceiro ao ribeiro da Ponte. O abrigo localiza-se perto das minas da Fonte Santa, actualmente abandonadas, onde se identificam dois "painéis" verticais em xisto, de superfície lisa, com pinturas monocromáticas, provavelmente datadas do II milénio a. C., a ocre. Um dos painéis, uma laje quadrilátera com de 60 cm de lado na parede lateral sul, representa duas figuras antropomórficas de tamanho desigual e uma mancha de forma indefinida. O segundo, na parede fundeira, é composto por uma figura antropomórfica aparentemente sobre um animal (talvez um centauro), por uma figura reticulada e por várias manchas de forma indefinida. Dada a potência significativa de enchimentos de terra e a dimensão do abrigo, há que considerar a possibilidade de este ter servido de habitat coetâneo das pinturas. Abrigo rupestre com pintura esquemática provavelmente arquitectura religiosa, pré-histórica. Conjuntamente com as estações de Pala Pinta (Alijó), Penas Róias (Mogadouro) e Cachão da Rapa (Carrazeda de Ansiães), constitui um dos mais importantes testemunhos de abrigos com pintura esquemática da região de Trás-os-Montes.
Um pouco mais a Sul, na Quinta dos Pastores foi encontrada uma necrópole medieval de sepulturas estruturadas com lajes. Os trabalhos nas minas destruíram diversas sepulturas do mesmo tipo.
Classificação: Imóvel de Interesse Público, Dec. n.º 31/83 de 9 de Maio.
FONTE SANTA (Lagoaça, Freixo-de-Espada-à-Cinta)
Abrigo com pinturas esquemáticas no vale da Ribeira de Mós.
Bibliografia: SANCHES, Maria de Jesus / SANTOS, Branca do Carmo, T. O., Levantamento Arqueológico do Concelho de Mirandela, in Portugália, nova série, v. 8 (1987), p. 17

Mensagem de: Joaquim Leal

3 comentários:

  1. De: Joaquim Leal(Portugal, da Guarda 2010/06/14 -20:40mim)
    Enquanto às Figuras Rupestres da Fonte Santa, já lá estão à muitos anos, no entanto, são muito pouco visíveis e tive de lá ir umas duas ou três vezes para as poder ver. Quando lá fui já sabia que lá existiam mas nunca as tinha visto, no entanto já as conhecia através de textos que tinha lido, assisti a umas jornadas onde Sofia de Figueiredo apresentou um estudo sobre estas e outras pinturas rupestres da Ribeira do Mosteiro e depois de já várias pessoas das Quintas me terem falado sobre elas. Como sou uma pessoa que também gosta do que é antigo, só foi somar o útil ao agradável e lançar-me nas pesquisas, ler e procurar até encontrar. Em www.destinoportugal.com.pt encontrei, como já tinha escrito no email anterior o texto que lhe enviei anteriormente. Como o sítio também tinha sido Classificado como Imóvel de Interesse Público, Dec. n.º 31/83 de 9 de Maio, foi umas investigações e tudo se vai encaixando com o tempo. Em relação às fotos foram efectivamente tiradas lá no sítio mas depois tivemos, digo tivemos porque fui eu e um amigo o César, que em computador teve de limpar e tratar as fotos, portanto foi a primeira vez que se publicaram essas fotos. O estado actual das pinturas em estado natural, não está conforme as fotos publicadas e esperamos que assim continuem pelo menos que ninguém as estrague mais do que o que já estão. As intervenções que venham a ser feitas terão isto é deverão ser feitas por especialistas tanto nas figuras como na envolvente, pois por lei é um sitio classificado e não se deve intervir de qualquer forma. As intervenções serão a seu tempo devidamente orientadas e executadas por especialistas. Até as simples paredes, as pedras e o local onde elas estão colocadas, ervas, relvas e silvas são necessárias para a preservação das figuras, todo o conjunto é fundamental. Portanto espero que O Tombarinho ao dar a conhecer as figuras rupestres também sirva para sensibilizar as pessoas para as proteger e que desincentive alguns curiosos a limpar ou a estragar o sitio. A publicação destas fotos tem sempre os dois lados da questão pode ajudar como prejudicar ou pior agravar com o entusiasmo dos curiosos. Espero que as pessoas se comportem com muitíssima cultura e civismo e que todos estaremos do lado das Figuras Rupestres tal como do lado da Fonte Santa e de todo aquele Sitio Maravilhoso.
    Deste vosso amigo JLeal.

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  2. De: Joaquim Leal(Portugal, da Guarda 2010/06/18 -18:30mim)
    Enquanto a pessoas a estudar actualmente as Figuras Rupestres da Fonte Santa, à também que referir os nomes de Miguel Rodrigues, Orlando Sousa e Nelson de Campos Rebanda e que me esculpem os que não nomeio porque não tenho noticias de mais ninguém. No entanto espero que o mais importante será o que cada um poderá trazer para melhor conhecermos a mensagem a motivação e os modos de vida desses seres que viveram mesa época e por essas e outras paragens.
    Deste vosso amigo JLeal.

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  3. De: Joaquim Leal(Portugal, da Guarda 2010/06/18 -22:00mim)
    O estudo sobre as Figuras Rupestres da Fonte Santa, de Miguel Rodrigues, Orlando Sousa e Nelson de Campos Rebanda foi apresentado no II Colóquio Arqueológico de Viseu, que decorreu em 26 a 29 de Abril de 1990 e penso que de acordo com algumas noticias ainda continuam a trabalhar nesse tema. Aguardemos as conclusões e que nos ajudem a entender tais figuras. Se já foram publicados, entretanto, mais alguns relatórios destes ou outros arqueólogos sobre este tema gostaria de saber onde os procurar para os poder ler.
    Deste vosso amigo JLeal.

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